A disputa pelo poder é algo comum em todos os espaços, mas o que não pode acontecer é a perda de princípios para alcança-ló, pois para colocar em prática um projeto de poder no país precisamos analisar as questões objetivas e principalmente mostrar que somos diferentes e faremos melhor do que quem ocupa atualmente.
Aprendi isso em 1995 nas reuniões do Partido dos Trabalhadores que aconteciam na casa de Alda Castro, na época eu tinha somente 11 anos, e muito me intrigava as conversas, porque viam e falavam tanta coisa que eu não enxergava. Com o tempo fui desenvolvendo o interesse pela leitura e pela política, pois compreendi que era preciso fazer parte de um partido político para formular e ocupar os espaços de poder a fim de representar uma parcela da sociedade.
Em 2002 após comparar e ler bastante sobre alguns partidos, pela influência familiar e envolvida pelo livro que lia na época “Triste fim de Policarpo Quaresma” do escritor Lima Barreto que conta a história de Policarpo Quaresma um grande patriota, decidi por engrossar as fileiras de um partido fundado e criado no Brasil.
O tempo passou rápido são mais de dez anos engrossando as fileiras desse partido, aprendi com os companheiros do PT o que é democracia, a importância de se consolidar um regime democrático no país e a necessidade de ter lado na luta de classe.
Esse partido no próximo mês faz 36 anos de existência, passou por desafios na sua criação e hoje no seu ápice passa novamente por dificuldades, mas lógico de uma forma diferente, pois as ameaças e ferramentas contra o Partido dos Trabalhadores são outras, porém o objetivo é o mesmo acabar com a organização partidária dos trabalhadores do Brasil.
O pedido feito pelo Partido da Social Democracia Brasileira (PSDB) a Procuradoria-Geral Eleitoral de extinção do PT é um afronto a democracia, a classe trabalhadora, a esquerda e os progressistas latino-americanos. Colocar em xeque a existência do maior partido da América Latina é um disparate.
Essa atitude mostra o desespero que a elite brasileira esta de retornar ao poder de qualquer forma, mas esquecem que no projeto deles não incluem os trabalhadores e por mais desconhecimento que o povo tenha não duvide da capacidade de analisar e enxergar as coisa, como dizem: “O povo não é bobo”.
E é por isso que mesmo com a campanha diária de ataques ao PT, ao governo e aos quadros do partido que os conservadores e a burguesia, não conseguem seu objetivo de alcançarem o poder, então é preciso dizer a eles que mesmo que fechem o PT o povo trabalhador e os que acreditam em igualdade social não irão engrossar as fileiras do PSDB, funcionaremos na clandestinidade ou nos organizaremos em outros espaços.
Os problemas que quadros do partido têm com a justiça, devem ser resolvidos pelos órgãos competentes e ao PT cabe esperar o julgamento para assim tomar uma decisão. Atualmente a postura que o governo tem adotado infelizmente não segue a orientação do partido, mas sabemos da responsabilidade que temos com o mandato da presidente Dilma e precisamos cobrar a ampliação dos avanços sociais e a efetivação na garantia de direitos que perpassa pela mudança na linha da política econômica.
O Brasil da inserção social, oportunidade e igualdade começou a ser construído no governo Lula e não deve ceder nenhum milímetro a mais para direita brasileira do que já aconteceu em nome da governabilidade, pois isso enfraquecerá o projeto de país colocado em curso pelos trabalhadores.
Ao governo espero responsabilidade nas decisões que irão tomar daqui para frente, pois o governo que votei é de um partido que tem lado, e essa lado é dos trabalhadores, presidente Dilma a responsabilidade esta contigo, vamos firmes sem vacilar.