O
Brasil por ter sido colonizado, sofre influências de diferentes países e
culturas o que nos enriquece, mas que causa certo desconforto quando valorizamos
mais os movimentos culturais internacionais do que os nossos.
As
pessoas no dia 31 de Outubro comemoram o Halloween que celebra a véspera do dia
de Todos os Santos, a data foi criada pelo povo celta que acreditava que no
último dia do verão, os espíritos saiam dos cemitérios para tomar posse dos
corpos vivos. Por isso, nas casas usavam figuras como caveiras, bruxas dentre
outros elementos para espantar esses espíritos. Com o tempo houve algumas
mudanças e nos EUA as crianças saem fantasiadas para pedir guloseimas na vizinhança.
Porém,
nesse mesmo dia foi instituído o Dia do Saci personagem da nossa cultura que de
acordo com alguns estudiosos surgiu entre povos indígenas da região Sul do país
durante o período colonial. Era representado por um indígena moreno com um rabo
e vivia aprontando travessuras na floresta. No entanto, quando a história ganha
o norte do Brasil sofre algumas modificações recebendo influência da cultura
africana. O Saci se torna um jovem negro com uma perna, pois de acordo com a
história tinha perdido a outra na capoeira, usa um gorro vermelho e um cachimbo.
Esse personagem folclórico apesar das travessuras é um grande conhecedor das
ervas da floresta, da fabricação de chás e medicamentos feitos com plantas. De
acordo com o mito, quem busca ervas na floresta deve pedir autorização ao
Saci.
Precisamos
valorizar e pesquisar mais sobre a nossa cultura, pois é a melhor forma de nos
reconhecermos como sujeito ativo da história de um país tão rico culturalmente e
extenso como o Brasil. Atrevo-me a dizer que nenhum país no mundo tem tanta
diversidade cultural como o nosso, temos vários “brasis” num só
Brasil.
Encerro
aqui com a frase do médico e escritor Dimos Iksilara que diz: “ser livre é
conseguir flutuar entre a diversidade e a multiplicidade, sem perder a própria
identidade”.
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