Vivemos numa conjuntura na qual em várias partes do mundo a população ganha às ruas, para assegurar e reivindicar direitos, no Brasil não foi diferente. O povo tomou as ruas em junho de 2013 com as mais diferentes bandeiras, dentre as históricas de lutas as mais atuais.
O movimento nos mostrou de uma forma simples que as pautas antigas como “Direito a saúde e educação” foram substituídas por “Queremos educação e atendimento público de qualidade”, esse fala nos diz que o país evoluiu, mas é preciso avançar mais.
Notamos de maneira muito discreta no movimento de junho demandas que são essenciais para o país, como a reforma agrária, a redução da jornada de trabalho, o fim do fator previdenciário. Essas pautas ainda são intocáveis para o nosso governo e para a população que não adquiriu consciência da sua importância.
Nesse contexto a esquerda brasileira e os partidos progressistas durante esses mais de 10 anos de um governo “democrático progressista”, não se prepararam e se organizaram para disputar a sociedade. Por isso, hoje alguns não acreditam que a melhoria da qualidade de vida dos trabalhadores aconteceu devido a uma política de governo, mas crêem que conseguiram somente por esforço próprio, esse tipo de posicionamento nos afirma que algo não ficou claro.
Erramos quando dizemos que melhoramos a vida dos trabalhadores e os colocamos como “classe média” ao invés de classe trabalhadora, pois é uma forma de maquiar ou esconder a classe proletária do nosso país.
A conscientização da população também é nossa responsabilidade, por isso é preciso refletir e assumir os nossos equívocos para que possamos a partir de agora não só ganhar os espaços institucionais, legislativo e executivo, mas ganhar corações e mentes, por mais que esse bordão esteja ultrapassado.
O PAC (Programa de Aceleração do Crescimento) fundamental para a melhoria estrutural do nosso país que nunca teve antes do governo do PT uma política que trabalha desenvolvimento econômico e social de maneira sensível e coerente, também não se debate com a população.
Para que o governo possa pautar e enfrentar a elite conservadora do nosso país o partido deve se organizar, dialogar com os movimentos e a sociedade em geral, pois só o povo com consciência da importância do seu papel conseguirá colocar o segundo governo Dilma mais a esquerda.
Reafirmo é possível enfrentar e fazer as reformas necessárias para esse país se tivermos com os trabalhadores, estudantes, desempregados enfim com o povo brasileiro. Tenho certeza que em nenhum outro governo será possível debater, propor e efetivar as demandas necessárias para o Brasil, pois esses são compromissos dos partidos progressistas e de esquerda.
A reeleição da companheira Dilma e a ampliação da bancada da esquerda na câmara e no senado, é essencial para que o país continue a reduzir as desigualdades sociais dando mais oportunidades e mudando a vida do povo brasileiro.
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