Não é “normal” ter agressões às mulheres todos os dias, não é normal o racismo e a homofobia, não é normal o espancamento até a morte pelo “achismo” que alguém cometeu um fato. A justiça com as próprias mãos que mata é agride, não é justiça, é violência, é crime. Não pode ser normal um jovem assassinado e as justificavas serem “é jovem, deve ser envolvido com o tráfico”.
Não podemos perder a sensibilidade, no inicio desse mês um jornal local noticiou: “Criança denuncia os pais por tráfico”, alguém realmente pensa que uma criança de menos de sete anos tem esse tipo de comportamento ou malícia, o debate em relação à violência e a criminalização da juventude estar tão dissimulado que partem até para o debate de incriminar e culpar as crianças.
Não é normal o julgamento final sem saber a origem do ocorrido. A população às vezes julga o indivíduo pela sua vestimenta, raça, credo ou qualquer outra forma que não corresponde ao que sociedade enxerga como comum, esquece de refletir que somos o que a sociedade tenta nos impor, que é preciso respeitar e encontrar formas para que possamos ter os mesmo direitos e oportunidades.
Acredito que jovens que cometem crimes devem ser responsabilizados, acredito que temos falhas na forma da punição atual, mas a maior falha que vemos hoje na sociedade é o preconceito, que ultrapassa as instituições e são perversos. A cada momento que alguém é julgado pela sua condição social, etária ou de raça, tenho absoluta certeza que nós brasileiros e brasileiras precisamos avançar muito.
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