quinta-feira, 29 de maio de 2014

0 Quero uma sociedade ≠

Tenho me angustiado com os caminhos que a sociedade vem tomando, a disseminação do ódio, a intolerância e o conservadorismo exacerbado são algo que me preocupam. Hostilizam negros, jovens, mulheres, diferenças sociais, culturais. E veem tudo muito normal.

Não é “normal” ter agressões às mulheres todos os dias, não é normal o racismo e a homofobia, não é normal o espancamento até a morte pelo “achismo” que alguém cometeu um fato. A justiça com as próprias mãos que mata é agride, não é justiça, é violência, é crime. Não pode ser normal um jovem assassinado e as justificavas serem “é jovem, deve ser envolvido com o tráfico”.

Não podemos perder a sensibilidade, no inicio desse mês um jornal local noticiou: “Criança denuncia os pais por tráfico”, alguém realmente pensa que uma criança de menos de sete anos tem esse tipo de comportamento ou malícia, o debate em relação à violência e a criminalização da juventude estar tão dissimulado que partem até para o debate de incriminar e culpar as crianças.

Não é normal o julgamento final sem saber a origem do ocorrido. A população às vezes julga o indivíduo pela sua vestimenta, raça, credo ou qualquer outra forma que não corresponde ao que sociedade enxerga como comum, esquece de refletir que somos o que a sociedade tenta nos impor, que é preciso respeitar e encontrar formas para que possamos ter os mesmo direitos e oportunidades.

Acredito que jovens que cometem crimes devem ser responsabilizados, acredito que temos falhas na forma da punição atual, mas a maior falha que vemos hoje na sociedade é o preconceito, que ultrapassa as instituições e são perversos. A cada momento que alguém é julgado pela sua condição social, etária ou de raça, tenho absoluta certeza que nós brasileiros e brasileiras precisamos avançar muito.

terça-feira, 27 de maio de 2014

0 Educar é diferente

Quando a Comissão de Constituição e Justiça da Câmara aprovou o PL 7672/2010 que Altera a Lei nº 8.069, de 13 de julho de 1990, que dispõe sobre o Estatuto da Criança e do Adolescente, para estabelecer o direito da criança e do adolescente de serem educados e cuidados sem o uso de castigos corporais ou de tratamento cruel ou degradante. Observei algumas falas em relação aos legisladores como: “Os pais agora NÃO podem mais educar seus filhos, devido a lei da palmada”.
É preciso deixar claro que esse nome dado pela mídia desqualifica a lei, pois não é uma lei contra a palmada, mas sim a favor de que as nossas crianças e adolescentes não sejam agredidos, torturados e humilhados. Será que tem algum pai que acha que torturar, agredir e humilhar educa? Prefiro não acreditar nisso.

sexta-feira, 16 de maio de 2014

0 É preciso levar o governo para a esquerda

Vivemos numa conjuntura na qual em várias partes do mundo a população ganha às ruas, para assegurar e reivindicar direitos, no Brasil não foi diferente. O povo tomou as ruas em junho de 2013 com as mais diferentes bandeiras, dentre as históricas de lutas as mais atuais.

O movimento nos mostrou de uma forma simples que as pautas antigas como “Direito a saúde e educação” foram substituídas por “Queremos educação e atendimento público de qualidade”, esse fala nos diz que o país evoluiu, mas é preciso avançar mais.

Notamos de maneira muito discreta no movimento de junho demandas que são essenciais para o país, como a reforma agrária, a redução da jornada de trabalho, o fim do fator previdenciário. Essas pautas ainda são intocáveis para o nosso governo e para a população que não adquiriu consciência da sua importância.

Nesse contexto a esquerda brasileira e os partidos progressistas durante esses mais de 10 anos de um governo “democrático progressista”, não se prepararam e se organizaram para disputar a sociedade. Por isso, hoje alguns não acreditam que a melhoria da qualidade de vida dos trabalhadores aconteceu devido a uma política de governo, mas crêem que conseguiram somente por esforço próprio, esse tipo de posicionamento nos afirma que algo não ficou claro.

Erramos quando dizemos que melhoramos a vida dos trabalhadores e os colocamos como “classe média” ao invés de classe trabalhadora, pois é uma forma de maquiar ou esconder a classe proletária do nosso país.

A conscientização da população também é nossa responsabilidade, por isso é preciso refletir e assumir os nossos equívocos para que possamos a partir de agora não só ganhar os espaços institucionais, legislativo e executivo, mas ganhar corações e mentes, por mais que esse bordão esteja ultrapassado.

O PAC (Programa de Aceleração do Crescimento) fundamental para a melhoria estrutural do nosso país que nunca teve antes do governo do PT uma política que trabalha desenvolvimento econômico e social de maneira sensível e coerente, também não se debate com a população.

Para que o governo possa pautar e enfrentar a elite conservadora do nosso país o partido deve se organizar, dialogar com os movimentos e a sociedade em geral, pois só o povo com consciência da importância do seu papel conseguirá colocar o segundo governo Dilma mais a esquerda.

Reafirmo é possível enfrentar e fazer as reformas necessárias para esse país se tivermos com os trabalhadores, estudantes, desempregados enfim com o povo brasileiro. Tenho certeza que em nenhum outro governo será possível debater, propor e efetivar as demandas necessárias para o Brasil, pois esses são compromissos dos partidos progressistas e de esquerda.

A reeleição da companheira Dilma e a ampliação da bancada da esquerda na câmara e no senado, é essencial para que o país continue a reduzir as desigualdades sociais dando mais oportunidades e mudando a vida do povo brasileiro.
Related Posts Plugin for WordPress, Blogger...