sexta-feira, 30 de novembro de 2012

0 Tudo novo de novo e mudanças permitidas!


Vamos iniciar o último mês do ano, espero que Dezembro feche as portas de 2012 com tudo se adequando de maneira harmônica. Não consegui parar para analisar o que foi 2012 para mim, mas sei que desde 2011 o começo do ano é de mudança e esse não foi diferente.

Rompi com alguns posicionamentos, vivo em duas cidades, tenho feitos serviços domésticos, aprendendo a me virar sozinha. Mudei de emprego, conheci pessoas, ganhei amigos, distanciei de alguns, devido ao tempo, distância geográfica e resolvi só ficar perto do que me faz bem.

Porém a minha essência não muda, continua a acreditar num país melhor. Que todo ser humano é bom, de vez enquanto a vida me dá um sacodes, mas continuo firme e finco os meus dois pés no chão.

Aprendi com minha mãe que a vida é feita de luta, por isso não entrego nunca uma batalha, mesmo que racionalmente saiba que é difícil ganhar, mas sempre prefiro não desistir. Você quer saber se estou certa? Realmente não sei, só sei que vivo bem comigo assim e para mim é o que importa.


Vou caminhando, tentando levar minha vida no descontrole que ela sempre me coloca e procurando ser feliz, amando e respeitando a tod@s. Para mim nada mais importante do que os nossos iguais.

Amo minha cidade, meu povo, meu país. Sou capixaba sim senhor!

segunda-feira, 19 de novembro de 2012

0 No dia 20 de Novembro, salve as diferenças.


O Brasil Colônia teve como base para o seu desenvolvimento a mão de obra escrava. Por intermédio do tráfico de negros, trouxemos várias famílias que foram obrigadas a viver no país em condições sub-humanas. 
A sociedade, por não aceitar as diferenças, impôs aos negros a classificação de inferiores.  Tudo devido à diferença entre a pigmentação da pele e a cultura. Uma história contra a escravidão foi a luta do Zumbi, um escravo do Quilombo dos Palmares, que morreu no dia 20 de novembro, na batalha por liberdade.

Em homenagem a Zumbi, a data foi escolhida para ser o dia da consciência negra, dia em que devemos refletir sobre as diferenças e a importância da cultura de um povo que transformou o que Brasil que somos.
Nós brasileiros somos todos negros, todos sem exceção. Quem não comeu uma feijoada, não ouviu uma música que fala da cultura afro, não se benzeu, tomou chá de ervas ou simplesmente dançou capoeira? Essas e outras coisas são influências da cultura afro, de um povo que é o mais brasileiro de todos e que continua a ser discriminado.

Em Guarapari temos um quilombo e seus membros terão suas terras regularizadas pelo Governo Federal, pois a presidenta Dilma sabe da importância histórica, cultural e real que esse povo tem para o país. Essa terra não é simples doação. É mais que isso, é um direito adquirido por anos e que se o governo não tomasse atitude, mais uma vez o povo negro, o nosso povo, seria retirado de suas terras e ficaria à margem da sociedade.

Salve o meu povo, salve a minha terra, salve a minhas origens e raízes! Salve a todos nós que somos negros brasileiros! TODOS SOMOS NEGROS. Eu sou e você também é. Mesmo se alguns não aceitarem as diferenças, todos temos o direito de ser.

terça-feira, 13 de novembro de 2012

0 Valorize o que é nosso


O Brasil por ter sido colonizado, sofre influências de diferentes países e culturas o que nos enriquece, mas que causa certo desconforto quando valorizamos mais os movimentos culturais internacionais do que os nossos.

As pessoas no dia 31 de Outubro comemoram o Halloween que celebra a véspera do dia de Todos os Santos, a data foi criada pelo povo celta que acreditava que no último dia do verão, os espíritos saiam dos cemitérios para tomar posse dos corpos vivos. Por isso, nas casas usavam figuras como caveiras, bruxas dentre outros elementos para espantar esses espíritos. Com o tempo houve algumas mudanças e nos EUA as crianças saem fantasiadas para pedir  guloseimas na vizinhança.

Porém, nesse mesmo dia foi instituído o Dia do Saci personagem da nossa cultura que de acordo com alguns estudiosos surgiu entre povos indígenas da região Sul do país durante o período colonial. Era representado por um indígena moreno com um rabo e vivia aprontando travessuras na floresta. No entanto, quando a história ganha o norte do Brasil sofre algumas modificações recebendo influência da cultura africana. O Saci se torna um jovem negro com uma perna, pois de acordo com a história tinha perdido a outra na capoeira, usa um gorro vermelho e um cachimbo. Esse personagem folclórico apesar das travessuras é um grande conhecedor das ervas da floresta, da fabricação de chás e medicamentos feitos com plantas. De acordo com o mito, quem busca ervas na floresta deve pedir autorização ao Saci.

Precisamos valorizar e pesquisar mais sobre a nossa cultura, pois é a melhor forma de nos reconhecermos como sujeito ativo da história de um país tão rico culturalmente e extenso como o Brasil. Atrevo-me a dizer que nenhum país no mundo tem tanta diversidade cultural como o nosso, temos vários “brasis” num só Brasil.

Encerro aqui com a frase do médico e escritor Dimos Iksilara que diz: “ser livre é conseguir flutuar entre a diversidade e a multiplicidade, sem perder a própria identidade”.

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